quarta-feira, 25 de junho de 2014

JAGUARÃO - BOAS NOTÍCIAS

Mercado Público

 Servindo-me de matéria do Jornal Fronteira Meridional, datada de 18/06/14, prazerosamente posso anunciar aos meus leitores uma boa notícia para nós, jaguarenses.

 No dia 14 último foi dado início à concretização de um dos projetos mais importantes para a cidade em termos de preservação de nosso patrimônio cultural. Com a presença de autoridades, o Prefeito Municipal, Cláudio Martins, procedeu à assinatura do contrato com a empresa Marsou, que executará as obras de restauração do Mercado Público de Jaguarão, que se encontra desativado.

 Nosso Mercado foi aberto em 1867 com a finalidade de servir à população através da exposição e venda de mercadorias produzidas aqui e as provenientes de outros municípios que, aportavam, principalmente, através do rio Jaguarão. Segundo o Executivo, as obras estarão concluídas em um período de doze meses, estando orçadas em R$4.501.804,74. Isto significa que, no próximo ano, já poderemos estar usufruindo do local, quem sabe, até incluindo naquele espaço alguma atividade cultural, como, aliás, é de praxe em outras cidades. Aguardemos!

sexta-feira, 13 de junho de 2014

PRODUÇÃO DE AUTOR PREGUIÇOSO

Microconto de humor
No dia dos namorados, recebendo o presente, dizia aquela esquimoa para o noivo: "Ah não! Picolé de novo, não!"

Micropoesia
Primavera:
pisando nas flores
a morte
colore a calçada.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

UMA HOMENAGEM

Recebemos, do conterrâneo Pedro Azevedo, um pedido para reproduzir um de seus trabalhos dentre os tantos com que ele tem ilustrado a imprensa de Jaguarão. Assim, nos associamos, também, às merecidas homenagens que são prestadas à conhecida figura do "Chaguinhas", que dedicou sua vida à radiodifusão em nossa cidade.
Transcrição do artigo de Pedro Fagundes Azevedo, ex-gerente da Rádio Cultura, antiga ZYU-7, publicado no jornal A Folha de Jaguarão, em 29/05/2014

Foi com pesarosa surpresa que tomei conhecimento, pela leitura de Zero Hora, que João Carlos Chagas, o nosso bom Chaguinhas, passou para o plano espiritual de repente, sem poder avisar nada a ninguém. Da última em vez que o encontrei, no início deste ano, ele estava na porta de A Folha, onde tinha ido renovar sua assinatura. E ficou tão emocionado quando me viu - pois agora raramente venho a Jaguarão - que seus olhos encheram-se de lágrimas quando nos abraçamos. Acho até que ele pensava que eu já tinha morrido e me vendo assim, subitamente, vivinho da silva, não pode conter a legítima emoção.
O fato é que toda minha família de origem - com exceção da mana Zilda Noêmia, professora de Matemática - teve o privilégio de trabalhar ao lado do Chagas, nos seus quase 40 anos de Rádio Cultura. A começar pelo meu pai, Amadeu Azevedo, que na condição de um dos fundadores e gerente da emissora, o admitiu no início dos anos 50, em substituição ao Mena, outro bom sonoplasta que deixou a rádio para se dedicar às lides do campo. Depois, no decorrer do tempo, vieram o Paulinho e a Alda Maria, meus irmãos, como locutores; a mamãe Alda, como gerente; a também gerente Oswaldina, a quem carinhosamente chamávamos Dininha, nossa irmã de criação. E eu, como locutor e gerente, de 1954 a 1957.
O mais importante de tudo é que durante tanto tempo de convívio, o Chagas jamais o mudou o seu tratamento conosco. Foi um colega e amigo leal, sempre de bom humor, procurando ajudar em tudo o que estivesse ao seu alcance, principalmente os que eram iniciantes na profissão. Tenho certeza que nunca puxou o tapete de ninguém, prática que infelizmente era comum no meio radiofônico, pois absolutamente não era esse o seu modo de pensar e de agir. Ao longo da vida, fez uma constante semeadura de boas ações, no âmbito profissional e também no particular, pois foi sempre um bom marido e um bom pai, preferindo educar pelo exemplo. E como, segundo o Evangelho, cada um colhe o que semeia, ele deve estar agora em situação privilegiada no plano espiritual.
Para terminar, mais uma lembrança inesquecível do convívio com o Chagas. Foi numa noite fria, com vento e chuva, em pleno mês de julho, quando o relógio da Rádio Cultura marcava dez horas da noite e começava o “Jornal Sonoro da Fábrica de Fumos Mauá”, de Moura Coelho e Companhia, fabricante do Fumo São Francisco Amarelinho. O locutor tinha combinado de fazer o comercial ao vivo, em parceria com um amigo que visitava a rádio. Assim, ao interromper a leitura das noticias, ele perguntava: “Aceita um cigarro feito?” E o outro respondia: - “Não, obrigado. Eu só fumo São Francisco Amarelinho da Fábrica de Fumos Mauá”. (Era um costume antigo, o de preparar o cigarro na hora, pelo próprio interessado, enrolando o fumo num pequeno pedaço de papel seda retangular, destacado do bloquinho da marca Colomy. Já os “cigarros feitos” tinham as marcas Elmo, Belmonte, Arizona, etc).
Mas, o amigo visitante, distraído, cevando um bom mate, esqueceu-se de que estava no ar e, ao ser perguntado pelo locutor se aceitava um cigarro feito, respondeu: “Olha, eu vou aceitar!…” E acabou com o comercial. Seguem-se alguns segundos de perplexidade, sem ninguém saber o que dizer e aí o Chaguinhas, rápido, encontra a solução: bota no ar a rancheira Mate Amargo, encerrando a edição do noticioso sob risos gerais… Felizmente, os patrocinadores eram nossos compadres.