Lá pelo ano 5000 DC,
quando a raça humana já havia desaparecido totalmente, há muitos anos, da face
da Terra em consequência das guerras nucleares que haviam ocorrido, o Universo
era povoado pelos robôs que os próprios humanos haviam criado. Eles haviam
desenvolvido uma inteligência até certo ponto superior a da que havia
pertencido aos humanos.
Com a inviabilidade
da existência de vida na Terra pela intensidade da poluição pós catástrofe
nuclear, a civilização robótica havia buscado outros mundos em outras galáxias
fora do âmbito do sistema solar contaminado pelo homem. Grandes grupos de robôs
foram, então, ocupando outros planetas que tivessem condições de prover os
metais necessários para sua multiplicação já que suas vidas dependiam disso.
Um dos grupos havia-se
instalado em um pequeno planeta que havia recebido o nome de Alfa por ter sido
o primeiro a ser atingido pelos robôs. Esse lugar era habitado somente por
eles. Ali, haviam criado uma verdadeira “civilização robótica”, com normas
próprias para o desenvolvimento de uma sociedade estável que só aumentava a
população quando fosse estritamente necessário. Uma vida que dispensava o
alimento mas carecia de alguns tipos de metais que eram os insumos que lhes
permitia continuar “vivendo”. Muitos desses insumos ainda existiam na Terra,
que era de onde havia sido utilizado o material que os concebera originalmente.
Periodicamente, eles
realizavam viagens ao seu antigo planeta – a Terra, que agora estava desabitada.
Da humanidade, ali nada mais havia. Existia apenas um vestígio histórico do que havia sido antes, já que ela conseguira sobreviver somente
até o ano 3.000 DC, quando a civilização humana se autodestruira graças a
hecatombe nuclear que eliminara toda a vida
então existente restando apenas, obviamente, os robôs, que já haviam
atingido um alto grau de perfeição.
Essas visitas eram
rápidas e cercadas de todo cuidado. Tinham a finalidade específica de colher metais necessários à
reposição de peças para a manutenção dos robôs.
Os robôs haviam sido
criados para várias finalidades específicas, mas eram liderados, naturalmente,
pelos robôs-cientistas que eram os mais preparados e haviam conquistado uma inteligência própria mais desenvolvidas que os
demais. Depois de exaustivos estudos eles haviam chegado a conclusão de que,
mesmo para máquinas, a poluição que grassava na Terra seria prejudicial com o
tempo. Acrescente-se a isso que algumas tipos de robôs já começavam a ter a
atenção voltada para o senso estético – próprio dos homens - que seria
prejudicado pela natureza morta na sua totalidade, no futuro.
A terra tornou-se,
então, apenas, um mero posto de abastecimento das usinas robóticas da nova
“humanidade metálica” que o desatino dos homens havia criado. Somente por
necessidade os robôs se atreviam a aportar em um planeta completamente destruído
pela poluição nuclear. A terra servia, apenas, como uma espécie de depósito de
material de reposição que ajudava a sustentar a continuação da “civilização dos
robôs”.
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