Um cruzeiro pelo
Caribe foi um sonho a ser realizado um dia, sem que se soubesse quando seria
possível. A oportunidade imperdível surgiu
este ano, mais precisamente em abril e foi aproveitada dentro de boas condições
climáticas. Bastante sol e alta temperatura aliados ao conforto de um
transatlântico apropriado para essas viagens marítimas tornaram o programa
inesquecível. O roteiro foi Cartagena das Índias – Curaçao – Aruba – La Guaira
(Venezuela) – Collón (Panamá) – Cartagena das Índias.
Um dos bares do navio |
Para não perder o
hábito inato de “anotador” que tenho, fiz diversas anotações de
momentos e fatos que foram surgindo no decorrer da viajem.
Compartilho algumas delas com os leitores.
Cartagena das Índias
– Ainda é um enclave holandês em terras americanas que tem autonomia relativa.
Sua maior atração turística é protagonizada por um belíssimo e cuidado centro
histórico onde se sobressai uma colorida arquitetura flamenga. A praia que
visitei (ficava defronte ao hotel) não se destaca pela beleza, mas tem uma
intensa participação popular com um assédio comercial muito grande, bem típico
de algumas praias nordestinas.
Casario de Curaçao |
Arquivo Nacional |
Aruba – Em matéria de
praia, entendo que é a campeã. Estivemos em Eagle Beach, um local belo e limpíssimo,
com mar completamente azul, mas com pouca sombra. Aqui os preços são os mais
elevados do passeio: uma barraquinha por U$20 (RS80,00) e uma cadeira por
U$5(RS20,00). A maioria dos bares são dos hotéis e resortes de luxo.
Caracas (Venezuela) –
O ponto de maior destaque é o Parque de La Guaira, uma enorme mata natural que contém
um interessante teleférico que sobe 2000 metros , proporcionando uma espetacular
visão, incluindo uma parte de Caracas, uma cidade moderna e dinâmica, embora
tenha diversas favelas superpovoadas. A presença do Governo é visível nos
equipamentos públicos.
Habitação Popular |
Teleférico de Caracas |
Collón (Panamá) – A
eclusa de Gatun, no Canal do Panamá é um local interessante para visitas. Sua
construção precisou de 10 anos para ser concluída (1880/1890). Originalmente, o
Panamá foi um departamento da Colômbia. A obra tem 100 anos de uso e continua
em perfeitas condições de funcionamento. É constituída de uma série de eclusas
e um lago artificial que possibilita a ligação do Pacífico e do Atlântico. Por
ele, transitam, principalmente, petroleiros e outros navios de transporte e
recreação que pagam, em média, de U$4.000 a U$400.000 para transpô-lo.
Entrada e saída do canal |
Vida a bordo
Tempo - Durante a
viagem os passageiros têm sua idade alterada porque há uma variação constante
de horário: aumenta uma hora; atrasa meia hora e assim vai. Você pode envelhecer e rejuvenescer de um dia para
outro.
Interior do navio |
Diversão - Há uma
programação contínua para todos os gostos. Desde um simples joguinho de bingo
até um cassino, onde se entrega os custosos dólares porque ali ninguém ganha
nunca.
Comércio - O comércio
é praticado diariamente através de diversas ofertas de artigos. É um verdadeiro
centro comercial marítimo que vende desde uma camiseta até um relógio de alto
valor.
Comunicação – A
comunicação com seu lugar de origem é absurdamente cara. Para usar um telefone
é preciso comprar um cartão, pagando U$50 que lhe permite utilizar dez minutos de
ligações. Os planos para uso da internete também têm alto valor e, na maioria
das vezes, não funcionava a contento, obrigando os passageiros a só se
comunicarem quando o navio estivesse atracado em algum porto.
“Pragas” – Duas
pragas principais assolam também os navios: as tradicionais ginásticas
dirigidas por profissionais de educação física e as músicas “tipo tum-tum”, que
infestam os ouvidos impiedosamente. Parece que há uma campanha mundial
(consciente ou inconsciente) para detonar a boa música. Até acho que isso é uma
ação coordenada dos “infernautas”!
Bonés – Parece que
esta moda veio para ficar. Não há faixa etária que não os use. Aliás, já vi uma
pessoa com boné dentro de uma Igreja. Nos restaurantes não se tira da cabeça
nem na hora da refeição.
Na avaliação final, o
resultado é positivo. Esta é uma boa maneira de aproveitar-se o tempo de lazer,
servindo, também, para estabelecer-se relacionamentos até mesmo com pessoas de
outras culturas e vivências.
Monarch em repouso |
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