"Quais são as chances de eu ser absolvido?", perguntou Janjão, manifestando preocupação com seu destino.
"Vai depender da gravidade de tuas faltas e dos atos de bondade que praticaste em tua vida terrena. Também dependes da disposição de alguns santos que compõem a Corte. Ela vai designar um defensor, entre eles, para servir de teu advogado. A Corte tem um presidente designado a cada dez séculos. Estás com sorte porque o atual presidente é São Francisco, que é reconhecido por ser muito complacente com os pecadores e ele tem poder de voto de minerva no caso de haver empate. Além do que, um presidente sempre tem maiores poderes do que os outros membros e influi muito nas decisões".
"E se for condenado, posso recorrer?. A quem?".
"Poder, pode. Deus é a última instância. Mas até hoje não houve nenhum caso em que a nossa Alta Corte fosse contrariada. Todas suas decisões têm sido homologadas pelo Criador".
"Quanto tempo vou esperar para ter uma resposta?".
"Tempo? Isso não existe aqui. Aliás é parecido com o que acontece lá no teu País. Não há prazo para as decisões. Aqui o tempo não conta tempo".
Janjão não queria perder a oportunidade, mas achava que já estava incomodando São Pedro com suas questões. "Quais são os atos mais graves que podem dar em condenação?", perguntou, pensando, agora, em algumas faltas que havia praticado em vida. "Existem atenuantes?".
A nossa Corte formou jurisprudência em julgar as intenções. Tudo depende da intenção com que uma boa ou má ação seja praticada. Assim, se alguém pratica uma ação com intenção de fazer o bem ela é contada como positiva, mesmo que o resultado não seja alguma coisa boa".
"Não posso alegar em meu favor o que as pessoas diziam de mim?"
"Nem a favor, nem contra. Aqui não vale a teoria do domínio do fato. As mentiras e as verdades são conhecidas igualmente. O que vale aqui é o domínio da intenção. Apesar de que...".
"Eu errei muitas vezes, mas sempre com boas intenções. Isso vai valer, então?".
São Pedro pensou um pouco, acariciando a longa barba com a mão esquerda e respondeu: "Na verdade, o que está acontecendo é que os processos estão trancados porque em um julgamento de um ex-membro do STF brasileiro, que morreu há algum tempo, ele propôs uma nova interpretação para o caso de que uma intenção má tenha produzido um resultado bom. Ele defende que isso seja igualmente positivo. Nunca havia acontecido uma contestação aqui e a Corte ainda não conseguiu deliberar sobre a questão. Assim, está tudo parado até que se consiga resolver o embrulho".
"São Pedro, eu..."
São Pedro fez-lhe um sinal de que a entrevista havia acabado, dizendo-lhe "Na fila atrás de ti há dez mil almas querendo respostas para suas dúvidas. Volta depois para conversarmos com mais calma. O seguinte, por favor", falou, encerrando o assunto com Janjão.
Janjão se afastou pensativo e procurou alguém com quem conversar quem sabe pelos dez séculos seguintes.
(Porto Alegre, dezembro/2016)
domingo, 4 de dezembro de 2016
sexta-feira, 18 de novembro de 2016
O JULGAMENTO DE JANJÃO - I
Janjão havia morrido. Sempre vivera acertado com a vida e praticava o bem segundo os mandamentos do Senhor, transmitidos pelas igrejas que haviam se encarregado dessa tarefa. Esperava, portanto, ser recompensado na vida eterna, indo para o proclamado céu onde esperava desfrutar das delícias reservadas aos homens de bem.
Sua alma foi transportada para um local de rara beleza lotado de outras almas, iguais a dele, que transitavam por ali em animado colóquio.
Ele ficou, ao mesmo tempo, perplexo e curioso. Onde estaria? Aquilo seria o céu ou o inferno? Para ser o primeiro estava muito chocho. Não era o que lhe haviam descrito os entendidos em religião. Para ser o segundo, estava muita moleza. Então? Ele observou que aqueles espectros não ocupavam lugar. Muitas vezes alguém passou através dele para dirigir-se a um lugar. Ele pensou lugar, mas ficou em dúvida pois ali o que não havia era lugar no conceito terráqueo.
Resolveu, então, interpelar algum de seus companheiros. "Onde posso falar com o responsável por este lugar?", perguntou a uma alma de porte pequeno que passava por ali. "Você procura por São Pedro?", devolveu a pergunta. "Bom, se ele é o responsável, sim". "Vire a sua esquerda e encontrará uma fila de pessoas com as mesmas intenções", respondeu-lhe e continuou a sua caminhada.
Realmente, no local indicado havia uma longa fila. Digamos de umas 10.000 almas, olhando assim por cima. "Quando vou ser atendido com uma fila maior do que a do SUS lá na Terra?", pensou. Resolveu entrar nela e perguntou para a alma que estava na sua frente: "Quanto tempo acha que demora para chegar a nossa vez?". O perguntado olhou para ele e respondeu com ar de galhofa: "Tempo? Como assim? Isso não existe aqui", e voltou a sua conversa com a alma a sua frente.
De fato. Assim como chegou ali, foi a sua vez de ser atendido. A pessoa - era pessoa? - que se encontrava ali representada pelo que lhe pareceu um senhor sério de longas barbas com um olhar bondoso, parecido com o que era retratado com uma chave na mão em algumas casas lá na Terra. Imaginou que seria São Pedro, mas não sabia como dirigir-se a ele. Tentou o jeito respeitoso com que se tratam os políticos ainda hoje lá embaixo. "Vossa Excelência poderia me responder onde me encontro?" O Santo o olhou com o perfil de quem pensa: Esta já é a quaquilhonésima vez que respondo esta pergunta hoje. Mais uma não vai fazer diferença.
Respondeu, então, com uma expressão paternal: "Filho, tu estás na Suprema Corte da Eternidade. Pela tua vida reta e pelas poucas falhas que cometeste na Terra tiveste direito a um julgamento..." Ele se apressou a dizer: "Posso ser absolvido ou condenado, então? Por quem vou ser julgado?". São Pedro respondeu: "Podes ser absolvido ou condenado. Vais ser julgado por uma Corte designada por Deus a cada dez séculos, composta de treze santos que julga os humanos que cometem faltas na Terra passíveis de serem perdoadas pelo Criador". (continua)
Sua alma foi transportada para um local de rara beleza lotado de outras almas, iguais a dele, que transitavam por ali em animado colóquio.
Ele ficou, ao mesmo tempo, perplexo e curioso. Onde estaria? Aquilo seria o céu ou o inferno? Para ser o primeiro estava muito chocho. Não era o que lhe haviam descrito os entendidos em religião. Para ser o segundo, estava muita moleza. Então? Ele observou que aqueles espectros não ocupavam lugar. Muitas vezes alguém passou através dele para dirigir-se a um lugar. Ele pensou lugar, mas ficou em dúvida pois ali o que não havia era lugar no conceito terráqueo.
Resolveu, então, interpelar algum de seus companheiros. "Onde posso falar com o responsável por este lugar?", perguntou a uma alma de porte pequeno que passava por ali. "Você procura por São Pedro?", devolveu a pergunta. "Bom, se ele é o responsável, sim". "Vire a sua esquerda e encontrará uma fila de pessoas com as mesmas intenções", respondeu-lhe e continuou a sua caminhada.
Realmente, no local indicado havia uma longa fila. Digamos de umas 10.000 almas, olhando assim por cima. "Quando vou ser atendido com uma fila maior do que a do SUS lá na Terra?", pensou. Resolveu entrar nela e perguntou para a alma que estava na sua frente: "Quanto tempo acha que demora para chegar a nossa vez?". O perguntado olhou para ele e respondeu com ar de galhofa: "Tempo? Como assim? Isso não existe aqui", e voltou a sua conversa com a alma a sua frente.
De fato. Assim como chegou ali, foi a sua vez de ser atendido. A pessoa - era pessoa? - que se encontrava ali representada pelo que lhe pareceu um senhor sério de longas barbas com um olhar bondoso, parecido com o que era retratado com uma chave na mão em algumas casas lá na Terra. Imaginou que seria São Pedro, mas não sabia como dirigir-se a ele. Tentou o jeito respeitoso com que se tratam os políticos ainda hoje lá embaixo. "Vossa Excelência poderia me responder onde me encontro?" O Santo o olhou com o perfil de quem pensa: Esta já é a quaquilhonésima vez que respondo esta pergunta hoje. Mais uma não vai fazer diferença.
Respondeu, então, com uma expressão paternal: "Filho, tu estás na Suprema Corte da Eternidade. Pela tua vida reta e pelas poucas falhas que cometeste na Terra tiveste direito a um julgamento..." Ele se apressou a dizer: "Posso ser absolvido ou condenado, então? Por quem vou ser julgado?". São Pedro respondeu: "Podes ser absolvido ou condenado. Vais ser julgado por uma Corte designada por Deus a cada dez séculos, composta de treze santos que julga os humanos que cometem faltas na Terra passíveis de serem perdoadas pelo Criador". (continua)
quinta-feira, 3 de novembro de 2016
À MODA ANTIGA
Retornando às atividades, depois de um intervalo ocioso e para começar bem o mês de novembro, vai um soneto à moda antiga, daqueles que os namorados colocavam no "álbum das amadas" para serem lembrados "para sempre".
A VOLTA
Corri abrir a porta. Ela voltou.
Entrou em nossa sala de repente
e, sem mesmo dizer por onde andou,
olhou tudo de maneira diferente.
Trouxe um vestido branco e feio,
e a mesma mala antiga, com defeito.
Até um livro chato que nem leio
e o sorriso aquele do seu jeito.
Tendo tudo ao seu normal voltado,
cada coisa em seu lugar e eu sigo
não querendo saber do seu passado
Ela volta assim para seu meio
trazendo a alegria que levou consigo
mas sinto que sua alma`inda não veio.
Wenceslau Gonçalves
agosto/2016
A VOLTA
Corri abrir a porta. Ela voltou.
Entrou em nossa sala de repente
e, sem mesmo dizer por onde andou,
olhou tudo de maneira diferente.
Trouxe um vestido branco e feio,
e a mesma mala antiga, com defeito.
Até um livro chato que nem leio
e o sorriso aquele do seu jeito.
Tendo tudo ao seu normal voltado,
cada coisa em seu lugar e eu sigo
não querendo saber do seu passado
Ela volta assim para seu meio
trazendo a alegria que levou consigo
mas sinto que sua alma`inda não veio.
Wenceslau Gonçalves
agosto/2016
quarta-feira, 14 de setembro de 2016
IMPEDIMENTO: A VINGANÇA DA ELITE
Deixei passar um
pouco de tempo do final patético protagonizado pela assembléia dos anciãos da
pátria que culminaram com uma “apropriação indébita” de um mandato popular sem
qualquer razão plausível para que isso acontecesse, para reordenar minha mente
e atinar com a verdadeira motivação para que isso acabasse ocorrendo.
Cheguei a uma
conclusão. A motivação não foi política muito menos jurídica. O que levou a
maioria das excelências e cassarem o mandato da Presidenta foi VINGANÇA.Simples assim: vingança da elite que comanda as ações
sociais, políticas e econômicas que vicejam no País, desde seu descobrimento.
Naturalmente que deve reconhecer-se que
houve uma evolução na metodologia utilizada, mas a ambição é a mesma: dominar e
fazer com que não haja nem uma pequena mudança em favor de quem não faça parte
de seu clã. Os mais abastados devem continuar usufruindo de todas as riquezas
desta maravilhosa terra (abençoada por Deus, dizem alguns) e o proletariado (ou
o quer que o represente) deve continuar pagando a conta...e calado pelo que se
vê de repressão nas ruas. O Congresso – os que recomendaram (a Câmara) e os que
cassaram (o Senado) foi, apenas, mero instrumento para que essa elite
repressora e retrógrada atingisse, mais uma vez, seu objetivo. Digo retrógrada
porque não consegue visualizar que – se não abrir mão de nada - mais cedo ou
mais tarde, vai sofrer uma derrota pela ambição desmedida que a faz acumuladora
de bens cada vez mais em benefício de uns poucos privilegiados.
Esse desejo de
vingança não é de agora. Ela se revela contra os primeiros benefícios
estipulados pelas leis trabalhistas, há décadas, proporcionadas por um governo
popular e continua, reforçado, depois, pela eleição de um torneiro mecânico quase
analfabeto para presidente. É vingança, sim, contra o fato de que 30 milhões
saíram da pobreza absoluta e outros milhares puderam atingir uma universidade.
Vingança contra um governo que obteve respeitabilidade a nível internacional e
conseguiu pagar sua dívida externa. Depois de tudo, ainda o “populacho” comete
a ousadia de eleger uma ex-guerrilheira que combateu o regime que eles
apoiavam. Isso é muita afronta e não pode ser admitido que continue grassando
esse nivelamento social que pode acabar eliminando a diferença que deve ser
mantida entre classes socialmente desniveladas pela mãe-natureza.
Então, quando eles
votavam “sim”, estavam dizendo “não” a um mandato que, se não foi brilhante, ao
menos continuou seu lento trabalho de distribuição de oportunidades para um
maior número de brasileiros. Como já disseram “não” à tributação das grandes
fortunas; à CPMF que não deixa ninguém fora e estabelece um controle de
movimento de capitais que hoje escapam ao fisco. Disseram “não” ao
financiamento do estudante de baixa renda; disseram “não” ao bolsa-família e ao
Pro-Uni. Disseram “sim” à privatização
das estatais e à entrega da Petrobrás ao capital estrangeiro.
O Congresso, neste
momento, personificou tudo o que existe de entreguista e atrasado em nosso País
em matéria política. Representou, brilhantemente, a elite que reina no País com
plenos poderes, graças a uma mídia que solapa a informação e trama junto com essa
elite sua permanência na direção de uma administração que acaba igualando nosso
País a uma republiqueta qualquer onde os poderosos decidem tudo a seu
bel-prazer sem qualquer preocupação com o restante da sociedade.
Por isso, acredito
que, acima de qualquer outra motivação, a causa principal deste falso
Impedimento, foi o desejo de vingança da nossa elite contra o pouco que
poderíamos estar alcançando em matéria de avanço social.
quinta-feira, 11 de agosto de 2016
MENTIRAS
Inventam mentiras
que parecem verdades
e disseminam verdades
como se fossem mentiras.
Apresentam bondades
como se fossem más
e vestem as maldades de bem
Eles dizem que não mentem
e acreditam no que falam
mas não dizem a verdade
porque não a conhecem.
Eles não conseguem subir as encostas
onde ela se encontra.
Eles são falsos no riso e no pranto.
(Wenceslau Gonçalves/ Barcelona, 2016)
que parecem verdades
e disseminam verdades
como se fossem mentiras.
Apresentam bondades
como se fossem más
e vestem as maldades de bem
Eles dizem que não mentem
e acreditam no que falam
mas não dizem a verdade
porque não a conhecem.
Eles não conseguem subir as encostas
onde ela se encontra.
Eles são falsos no riso e no pranto.
(Wenceslau Gonçalves/ Barcelona, 2016)
quinta-feira, 14 de julho de 2016
UM PAU FAMOSO
Dá para dizer que,
atualmente, ele é o pau mais famoso do mundo. Ele pode ser pequeno ou grande, guardadas
as proporções de sua finalidade e de seu portador eventual. Ele pode ser de
madeira; de ferro ou seja lá de que matéria possa existir modernamente. Suas
cores variam conforme sua constituição e gosto de seu proprietário.
É usado por muitos, independente de faixa etária. Também não faz distinção de sexo ou
nacionalidade para escolher seu dono. Homem ou mulher e recebe exclamações em várias línguas. É exibido com galhardia e
o que se vê é que todo o mundo sorri quando o enxerga. Em resumo, ele sempre
trouxe alegria desde que foi concebido. Acho que é uma espécie de guru para
alguns.
Ele é facilmente
portável. Pode ser pendurado no cinto ou carregado em uma bolsa feminina dessas
que levam de tudo um pouco.
Parece que veio para ficar. Ao menos até que seja inventado
um outro instrumento que possa substituí-lo com mais vantagens.
Ao vermos sua
proliferação tão rápida, chega-se a conclusão de que ele passará a ser uma
necessidade em breve. E isso não deixa de nos levar a pensar que ele vai acabar
com muitos contatos cordiais que acabam se formando, durante uma viagem,
principalmente, após um inevitável “Pode-fazer-o-favor-de-bater-uma-de-nós?”. Da
resposta poderia acontecer um contato inicial
que acabaria concretizando – quem sabe? – uma futura amizade até mesmo
internacional, às vezes. Agora, não! Depois do surgimento desse pau, as pessoas
já não vão ter uma desculpa para “quebrarem o gelo” em um passeio conjunto em
lugar freqüentado pelos turistas.
Em resumo, esse pau,
em vez de apenas ser útil para suprir a deficiência de um aparelho que faz
quase tudo (um telemóvel, por exemplo) vai acabar contribuindo ainda mais para
o isolamento das pessoas, ou não? As pessoas, agora, são autossuficientes para
se auto-retratarem sem terem que levar um tripé pesado e incômodo de carregar.
É a tecnologia e o talento criativo aumentando os canais que proporcionam maior
incomunicabilidade. Será que os que ainda não aderiram ao “pau-de-sélfi” (Estou
falando dele, é claro) também já não sentiram que não podem usar o “bate pra
mim” pois vão ser julgados chatos porque não se renderam ao modernismo?
Bom, isso podem ser
apenas ponderações que podem ser muito fundamento, mas já me levam a vacilar na
minha crença se estamos entrando na “geração do boné” ou na “geração do
pau-de-sélfi”. Deixa pra lá!...
sexta-feira, 24 de junho de 2016
ENCONTRO DA COLÔNIA JAGUARENSE
A Colônia Jaguarense em Porto Alegre esteve reunida no dia 19 de junho, por ocasião de um almoço realizado na Galeteria Bambino. Foi a primeira reunião do ano. Em 2015, não havia sido realizado nenhum encontro porém, mesmo assim, o comparecimento foi muito aquém do esperado. Estiveram presentes,apenas, 23 conterrâneos e familiares. Os organizadores (Ana Maria, Geraldo, José Alberto de Souza e Wenceslau) deverão proceder a uma análise das causas que eventualmente poderão ter contribuído para uma tão baixa presença. Mesmo com número reduzido o clima foi, como é de praxe, da mais absoluta cordialidade e companheirismo. Foram registrado alguns flagrantes que bem comprovam nossa afirmativa. Até uma próxima!
quarta-feira, 15 de junho de 2016
A CONDENA E OUTROS CONTOS DA FRONTEIRA SUL
No próximo dia 25 de junho (sábado), estará ocorrendo o lançamento de nosso livro "A Condena e outros contos da Fronteira Sul", conforme já havíamos anunciado em matéria anterior neste blogue.
A edição é bilíngue (português-espanhol), numa versão cuidadosa feita pelo professor Luís Farnos.
O ato ocorrerá, a partir das 10h30min, na Ladeira Livros, situada na Rua General Câmara, 385 no Centro Histórico de Porto Alegre. Estamos em tratativas para realizar o lançamento em Jaguarão, provavelmente no final do próximo mês. Espero contar com a presença de meus conterrâneos moradores na Capital e arredores.
sábado, 4 de junho de 2016
IMPEDIMENTO É GOLPE?
O questionamento que temos como título destas
pequenas colocações que queremos fazer para alguns questionamentos sobre essa
questão, tem sido tema de permanente discussão da cidadania brasileira. Alguns com
maior ou menor paixão, mas todos, provavelmente, com alguma dúvida ao tomar
posicionamento sobre ele. A nossa mídia, também inquinada de “golpista” por
alguns, tem usado e abusado, diariamente, de chamadas sensacionalistas que, as
vezes, nem tem relação com o assunto tratado por extenso. Aliás, como
costumeiramente tem feito quando exerce sua “neutralidade” informativa.
Não há como afirmar
que o Impedimento seja “golpe”, considerando que sua ocorrência está prevista
constitucionalmente em nossa Carta de 1988, que é a que rege, atualmente, a
sociedade brasileira, embora contenha uma série infindável de “remendos”,
necessários ou não, conforme o entendimento de cada um.
A questão,
aparentemente simples de ser respondida, começa a complicar-se quando atentamos
que quando alguém proclama que “Impedimento é golpe”, quer referir-se, a este caso
específico que, hoje, está sendo analisado (ao menos teoricamente) pelo Senado
Federal que tem a atribuição constitucional de fazê-lo.
A grande incógnita é
o que está levando ao Impedimento. Segundo uma corrente de notáveis juristas,
os “crimes” apontados não são “de responsabilidade fiscal”, e não haveria fato
legal para instalar-se o processo de cassação. Para outra corrente de
entendidos a Presidenta cometeu essas faltas e, portanto, há motivo para
Impedimento. Vamos “dar de barato” que a razão esteja com a segunda corrente e
que ocorreram as faltas. Por que, então, não está sendo tratado do mesmo modo o
Vice-Presidente que se utilizou, também, das mesmas práticas? Por que não foi
aceita, pela Câmara, a viabilidade de Impedimento para o Vice, contra quem já
existe um pedido igual naquela Casa? Aliás,
um vice que nem pode ser mais eleito porque se transformou recentemente em um
“ficha-suja” pela Justiça. Ele não recebe o mesmo tratamento do Parlamento
porque o seu partido tem maioria naquela Casa e o pedido já estaria,
precocemente, rejeitado? E na hipótese de concretizar-se esta injustiça
evidente contra a presidenta eleita, haverá pedido de cassação para os dezesseis
governadores que também incorreram nas mesmas faltas? Ou eles estariam isentos
porque teriam eventuais maiorias parlamentares em seus respectivos Estado?
Concordo, ainda, com
a hipótese de que o Senado ao fazer um julgamento no qual, a priori, os julgadores
já possuíam decisão formada eles se transformaram em suspeitos para decidirem
alguma coisa antes de que houvessem sido expostas as razões a serem
apresentadas tanto pela acusação quanto pela defesa. Esse julgamento teria se
transformado apenas numa disputa pelo poder que não foi obtido através das
urnas, única forma legítima em um sistema democrático.
Na falta de respostas para estes
questionamentos não nos resta senão acreditar que, realmente, há uma tentativa
de golpe legislativo contra a presidenta eleita, posição manifestada por
diversas personalidades da área, inclusive no âmbito internacional.
Continuaremos
observando a continuidade dos fatos, esperando que nossos representantes
consigam despertar para a melhor solução.
ENCONTRO DA COLÕNIA JAGUARENSE
Após longo tempo sem realizarmos encontros, por motivos alheios a vontade do grupo organizador, estaremos realizando, neste mês, uma reunião em novo local, conforme detalhes a seguir:
DATA: 19 de junho de 2016 (domingo)
LOCAL: Galeteria Bambino - Av. Tarso Dutra, 1105
HORÁRIO: 12h (Estacionamento gratuito)
VALOR: R$52,00 (mais 10% sobre a despesa total)
CARDÁPIO: galeto, grelhados, massas, saladas e sobremesa
OBS: Solicitamos a gentileza de comunicar a presença para uma das pessoas, a seguir, até 15/6, para que possa ser confirmado o número de participantes à direção da Galeteria.
Ana Maria/84147340-91749266
Geraldo/99687852-33343089
José Alberto/32334799
Wenceslau/99847379-32212851
segunda-feira, 16 de maio de 2016
A FAMÍLIA ALFABETA
Se você não sabe o que o Q e o V estão comentando, confira no link a seguir.
http://www.brasilpost.com.br/2016/05/13/ministro-fe_n_9963570.html
quarta-feira, 11 de maio de 2016
"A CONDENA E OUTROS CONTOS DA FRONTEIRA SUL"
Nesta semana, tivemos a alegria de receber, recém saído do prelo ,nosso livro de contos - A Condena e outros contos da fronteira sul - que permaneceu na gaveta há tanto tempo que já nem sei quanto ...
É uma edição bilíngue (português-espanhol) em uma ótima impressão executada pela Gráfica Pallotti e cuja edição esteve, em seus mínimos detalhes, aos cuidados do jornalista Marcelo Campos, um dedicado profissional da área, a quem agradeço publicamente neste espaço. A versão para o espanhol ficou a cargo do professor Luis María Farnos, um amigo que conheci durante o tempo em que residi em Arambaré.
O lançamento deverá ser no mês de junho, em Porto Alegre, espero que em uma reunião da Colônia Jaguarense. Assim que for definida data, faremos a divulgação. Os lançamentos em Jaguarão e Arambaré já estão sendo viabilizados e deverão ocorrer, também, em junho.
A concretização deste projeto foi alcançada graças a colaboração de inúmeras pessoas, a partir de minha família e amigos que participaram direta ou indiretamente desse esforço. Devo agradecimentos a tantos que seria impossível citar a todos.
O livro já se encontra à disposição de eventuais interessados na "Ladeira Livros" (Rua General Câmara, 385 - tel. 3286.3151,Centro Histórico) e pode ser adquirido, também, através da Estante Virtual.
quinta-feira, 28 de abril de 2016
ANOTAÇÕES DE VIAGEM
Um cruzeiro pelo
Caribe foi um sonho a ser realizado um dia, sem que se soubesse quando seria
possível. A oportunidade imperdível surgiu
este ano, mais precisamente em abril e foi aproveitada dentro de boas condições
climáticas. Bastante sol e alta temperatura aliados ao conforto de um
transatlântico apropriado para essas viagens marítimas tornaram o programa
inesquecível. O roteiro foi Cartagena das Índias – Curaçao – Aruba – La Guaira
(Venezuela) – Collón (Panamá) – Cartagena das Índias.
Um dos bares do navio |
Para não perder o
hábito inato de “anotador” que tenho, fiz diversas anotações de
momentos e fatos que foram surgindo no decorrer da viajem.
Compartilho algumas delas com os leitores.
Cartagena das Índias
– Ainda é um enclave holandês em terras americanas que tem autonomia relativa.
Sua maior atração turística é protagonizada por um belíssimo e cuidado centro
histórico onde se sobressai uma colorida arquitetura flamenga. A praia que
visitei (ficava defronte ao hotel) não se destaca pela beleza, mas tem uma
intensa participação popular com um assédio comercial muito grande, bem típico
de algumas praias nordestinas.
Casario de Curaçao |
Arquivo Nacional |
Aruba – Em matéria de
praia, entendo que é a campeã. Estivemos em Eagle Beach, um local belo e limpíssimo,
com mar completamente azul, mas com pouca sombra. Aqui os preços são os mais
elevados do passeio: uma barraquinha por U$20 (RS80,00) e uma cadeira por
U$5(RS20,00). A maioria dos bares são dos hotéis e resortes de luxo.
Caracas (Venezuela) –
O ponto de maior destaque é o Parque de La Guaira, uma enorme mata natural que contém
um interessante teleférico que sobe 2000 metros , proporcionando uma espetacular
visão, incluindo uma parte de Caracas, uma cidade moderna e dinâmica, embora
tenha diversas favelas superpovoadas. A presença do Governo é visível nos
equipamentos públicos.
Habitação Popular |
Teleférico de Caracas |
Collón (Panamá) – A
eclusa de Gatun, no Canal do Panamá é um local interessante para visitas. Sua
construção precisou de 10 anos para ser concluída (1880/1890). Originalmente, o
Panamá foi um departamento da Colômbia. A obra tem 100 anos de uso e continua
em perfeitas condições de funcionamento. É constituída de uma série de eclusas
e um lago artificial que possibilita a ligação do Pacífico e do Atlântico. Por
ele, transitam, principalmente, petroleiros e outros navios de transporte e
recreação que pagam, em média, de U$4.000 a U$400.000 para transpô-lo.
Entrada e saída do canal |
Vida a bordo
Tempo - Durante a
viagem os passageiros têm sua idade alterada porque há uma variação constante
de horário: aumenta uma hora; atrasa meia hora e assim vai. Você pode envelhecer e rejuvenescer de um dia para
outro.
Interior do navio |
Diversão - Há uma
programação contínua para todos os gostos. Desde um simples joguinho de bingo
até um cassino, onde se entrega os custosos dólares porque ali ninguém ganha
nunca.
Comércio - O comércio
é praticado diariamente através de diversas ofertas de artigos. É um verdadeiro
centro comercial marítimo que vende desde uma camiseta até um relógio de alto
valor.
Comunicação – A
comunicação com seu lugar de origem é absurdamente cara. Para usar um telefone
é preciso comprar um cartão, pagando U$50 que lhe permite utilizar dez minutos de
ligações. Os planos para uso da internete também têm alto valor e, na maioria
das vezes, não funcionava a contento, obrigando os passageiros a só se
comunicarem quando o navio estivesse atracado em algum porto.
“Pragas” – Duas
pragas principais assolam também os navios: as tradicionais ginásticas
dirigidas por profissionais de educação física e as músicas “tipo tum-tum”, que
infestam os ouvidos impiedosamente. Parece que há uma campanha mundial
(consciente ou inconsciente) para detonar a boa música. Até acho que isso é uma
ação coordenada dos “infernautas”!
Bonés – Parece que
esta moda veio para ficar. Não há faixa etária que não os use. Aliás, já vi uma
pessoa com boné dentro de uma Igreja. Nos restaurantes não se tira da cabeça
nem na hora da refeição.
Na avaliação final, o
resultado é positivo. Esta é uma boa maneira de aproveitar-se o tempo de lazer,
servindo, também, para estabelecer-se relacionamentos até mesmo com pessoas de
outras culturas e vivências.
Monarch em repouso |
quinta-feira, 21 de abril de 2016
O IMPEDIMENTO: PERGUNTAS QUE PEDEM RESPOSTAS
É o tema do momento.
Ficar indiferente é quase impossível. Seu resultado, seja qual for, atingirá
todos os brasileiros e demais residentes no País. É verdade que, como uma
espécie de complementação social, estamos tendo a oportunidade de avaliarmos
causas e conseqüências de um mau comportamento político que vem sendo praticado
pela maioria dos nossos representantes nas Casas Legislativas. Cada um pode
observar na prática como está sendo representado através da posição que o seu
eleito está tomando. A grande pergunta que fica para os eleitores é: “O meu deputado
– ou senador” está agindo conforme o que eu esperava dele quando o elegi? A
esta pergunta somente cada cidadão pode responder para si próprio.
Existem, no entanto,
perguntas para as quais a comunidade – ou parte dela – pede respostas.
Selecionei algumas conforme o enfoque que tenho sobre a situação relativa ao
pedido de Impedimento da Presidenta que ora está em tramitação no Senado da
República.
l) Se for aprovado o Impedimento da atual Presidenta,
haverá, também, o mesmo procedimento para o Vice-Presidente que teria praticado
os mesmos “crimes” que foram cometidos por ela?
2) No caso positivo para a primeira pergunta, os partidos de
oposição também se posicionarão favoráveis a mesma sanção que querem para a
Presidenta?
3) Se for aprovado o Impedimento para a Presidenta haverá,
também, pedidos da oposição de 18 Estados onde o mesmo “crime” vem sendo
praticado pelos respectivos governadores?
4) Se a Globo fosse contra o Impedimento da Presidenta
haveria tanta divulgação de comportamentos errados de membros do Governo, ou
tudo ficaria esquecido como ocorreu no episódio da compra de votos para a
reeleição de Fernando Henrique?
5) Se não for aprovado o atual pedido de Impedimento pelo
Senado, o Deputado Eduardo Cunha colocará à apreciação todos os outros que se
encontram na Câmara até que se consiga cassar a Presidenta?
6) Como votarão os deputados que aprovaram o Impedimento da
Presidenta no processo de cassação do mandato de Eduardo Cunha, se algum dia
isso vier a ocorrer?
7) Depois da Presidenta Dilma, a quem a Globo escolherá para
vítima de suas tramas midiáticas?
8) Será que, depois de uma eventual cassação da Presidenta,
o Juiz Sérgio Moro voltará aos Estados Unidos, em férias?
9) Quando será que o Juiz Sérgio Moro vai chamar os
implicados na Operação Zelotes, na qual foi mencionada uma grande empresa
gaúcha de comunicação entre outras de igual “importância”?
Por enquanto é
suficiente para levar-nos a meditar sobre uma infinidade de interesses que se
escondem detrás de atitudes tomadas, por autoridades ou não, as quais, às
vezes, não chegamos a atinar. Precisamos repensar a autoproclamada neutralidade
da mídia, quando transmite uma notícia querendo levar-nos, sub-repticiamente, a
uma interpretação que ela mesma tem. As informações devem ser colhidas
primeiramente junto a fontes que consideramos fidedignas para podermos formar
nossa própria opinião. Amém!
terça-feira, 5 de abril de 2016
O IMPEDIMENTO: A IDEOLOGIA DO DEBATE
O cenário nacional
encontra-se agitado e confuso. Isso é inegável. Nem tanto quanto proclama a
mídia alarmista cujo comportamento tragicômico é nosso conhecido, e nem tão
pouco que não deixe de trazer-nos alguma preocupação. Os posicionamentos têm
sido demonstrados, de uma maneira geral, verbalmente agressivos, principalmente
através das chamadas redes sociais. Talvez esses longos anos de silêncio
forçado não tenham contribuído para que tenhamos um hábito mais saudável de
convivermos com pensamentos diversificados. Quer sejamos “petralhas”; quer
sejamos “tucanalhas” temos que acabar entendendo que as ideologias que
introjetamos e que servem de balizamento para nosso comportamento social, são
sempre discutíveis. Se o homem é um animal imperfeito é lógico que produza
coisas imperfeitas. Os óculos ideológicos que usamos são os que nos levam a
interpretar os fatos de acordo com aquilo que aceitamos como melhor. Eu
próprio, no momento em que escrevo este comentário, estou encarando a realidade
brasileira atual conforme a “ideologia” que orienta meu posicionamento. É
preciso que cada um assuma suas próprias posições, aceite as decisões da
maioria, mas continue lutando por aquilo que defende sem querer implantar suas
ideias pela força ou através de maquinações ilegítimas ou ilegais.
Nesta linha, sob este ponto de vista, gostaria de expor meu pensamento sobre o que tem ocorrido
ultimamente, mais especificamente sobre o que vem acontecendo no relacionamento
entre os três poderes constituídos do País – Executivo, Legislativo e Judiciário, que são os pilares fundamentais que sustentam um regime republicano representativo como o que é adotado pelo Brasil. Há uma clara disputa entre dois blocos representantes da sociedade brasileira atual. A base de toda a discussão representada pelas atuais querelas é, certamente um embate ideológico. Ele é protagonizado por uma esquerda parcialmente inoperante que se instalou no
poder, a partir do primeiro governo Lula, e uma direita revigorada pela crise
econômica-política-financeira que se instalou no País por diversos motivos,
entre os quais a carência de reformas de base necessárias para o
desenvolvimento equânime que abranja essa enorme parcela da população
brasileira que permanece à margem dos benefícios que podem ser usufruídos em um
país medianamente desenvolvido.
Tenho para mim, que o
mais preocupante nesse desencontro são algumas decisões que tem sido tomadas
pelo Poder Judiciário acarretando, no mínimo, situações de dúvida quanto ao
papel de Poder Moderador que lhe cabe constitucionalmente. A legitimidade legal
imposta pela Carta precisa, também, ser respaldada por uma confiança da coletividade sem que haja comportamentos dúbios. Essa confiança não pode ser
titubeante. Não pode haver nem dúvidas, nem mesmo pequenas falhas porque elas
podem conduzir à generalização e ao fracasso do processo no seu total. Isto
seria altamente desastroso para a comunidade que aguarda, ansiosa, por uma
solução que lhe devolva a tranqüilidade política e para que o País possa
retornar ao caminho do pleno desenvolvimento que anunciou trilhar em passado recente.
O Poder Judiciário representa, hoje, uma esperança para a definição de uma
solução que nos devolva a tranqüilidade e, por isso, ele não pode agir nem com
ingenuidade nem com parcialidade. Ele precisa ser imune às pressões de todos os
segmentos e tomar a decisão apropriada para o momento, mas, para que isso seja factível, é necessário agir
com rigor inclusive com seus próprios componentes. A Suprema Corte não deve ser
influenciada por qualquer ingerência político-partidária que a leve a
desviar-se do caminho principal. A seus próprios membros cabe responsabilizar-se
por uma mútua fiscalização interna, objetivando a decisão mais acertada de acordo com a legislação vigente e com vistas ao bem-comum tão almejado.
Não é hora para
estrelismos provenientes de vaidades pessoais. O momento está a exigir uma
resposta sábia daquelas pessoas que têm sob sua responsabilidade a condução de
uma solução que o País aguarda. Isso dentro de normas já definidas para uma
convivência em harmonia. Deve haver um esforço verdadeiro no sentido de
aceitarem o que for melhor para o maior número possível se é que não pode ser
para todos. O primeiro passo é reconhecer que os pólos em conflito precisam ganhar e perder um pouco para que se possa encontrar
pontos comuns que levem a um entendimento final. Sem essa
disponibilidade não há como dar-se qualquer negociação.
Aos cidadãos
bem-intencionados resta aguardar que essa resposta venha no menor tempo
possível “para a felicidade geral da Nação”.
domingo, 20 de março de 2016
A CRISE E A MÍDIA
Mesmo que não quisesse não haveria como ficar fora dessa discussão. Temos um compromisso com inserção para contribuir com as decisões que são tomadas em nosso nome. Se não fizermos isso não teremos legitimidade para reclamar contra os que escolhemos, através do voto, para nos representarem
nos Parlamentos instituídos como garantia de uma democracia.
Por enquanto, nossa contribuição será divulgar uma espécie de "profecia" (Espero que não se cumpra) emitida por um dos gurus mundiais da comunicação, que deixo para a meditação dos leitores:
"COM O TEMPO UMA IMPRENSA CÍNICA, MERCENÁRIA, DEMAGÓGICA E CORRUPTA FORMARÁ UM PÚBLICO TÃO VIL COMO ELA MESMA'. (Joseph Pullitzer - l847/1911)
nos Parlamentos instituídos como garantia de uma democracia.
Por enquanto, nossa contribuição será divulgar uma espécie de "profecia" (Espero que não se cumpra) emitida por um dos gurus mundiais da comunicação, que deixo para a meditação dos leitores:
"COM O TEMPO UMA IMPRENSA CÍNICA, MERCENÁRIA, DEMAGÓGICA E CORRUPTA FORMARÁ UM PÚBLICO TÃO VIL COMO ELA MESMA'. (Joseph Pullitzer - l847/1911)
ESTAMOS RETORNANDO
Primeiramente, quero pedir escusas pela minha ausência durante algum tempo sem qualquer explicação. O ano de 2015 não foi dos melhores para mim mas, felizmente, já passou. Abstenho-me de mencionar fatos que dizem apenas a minha vida particular, mas o certo é que atrapalharam um pouco minhas ações o que acabou se refletindo na manutenção deste espaço deveras importante para mim.
Do que me ficou de positivo de ano que passou, destaco dois fatos que ocorreram quase ao final do período:
1) Depois de muita negociação com a Administração do Condomínio onde resido, consegui, finalmente, instalar uma biblioteca coletiva que, acredito, deve ser uma das poucas (se existirem outras) a funcionarem nesse sistema em condomínio residencial na cidade de Porto Alegre. O sistema é singelo: Os próprios condôminos colocam livros seus à disposição - que são registrados e podem ser devolvidos se o proprietário os quiser de volta - e os leitores retiram os que os interessam, mediante registro em livro próprio no qual constam o número do apartamento e as datas de retirada e devolução. Já temos em torno de 300 títulos catalogados para leitura e as doações continuam. As retiradas ainda estão em ritmo aquém do desejável, mas em crescimento embora lento. Esperamos que o tempo nos diga que a experiência é exitosa.
2) Outra boa novidade (para mim, é claro) é o lançamento, provavelmente ainda neste semestre, de meu livro de contos, que se encontrava engavetado desde tempos históricos. Já está em processo de organização para publicação, pelas mãos de um profissional competente da área (o jornalista Marcello Campos) depois de alguns probleminhas que acabaram sendo sanados ao longo de encontros e contatos por modernos meios de comunicação.
Sou grato a todos os que tiveram paciência de continuar visitando meu blogue neste período "vazio".
Do que me ficou de positivo de ano que passou, destaco dois fatos que ocorreram quase ao final do período:
1) Depois de muita negociação com a Administração do Condomínio onde resido, consegui, finalmente, instalar uma biblioteca coletiva que, acredito, deve ser uma das poucas (se existirem outras) a funcionarem nesse sistema em condomínio residencial na cidade de Porto Alegre. O sistema é singelo: Os próprios condôminos colocam livros seus à disposição - que são registrados e podem ser devolvidos se o proprietário os quiser de volta - e os leitores retiram os que os interessam, mediante registro em livro próprio no qual constam o número do apartamento e as datas de retirada e devolução. Já temos em torno de 300 títulos catalogados para leitura e as doações continuam. As retiradas ainda estão em ritmo aquém do desejável, mas em crescimento embora lento. Esperamos que o tempo nos diga que a experiência é exitosa.
2) Outra boa novidade (para mim, é claro) é o lançamento, provavelmente ainda neste semestre, de meu livro de contos, que se encontrava engavetado desde tempos históricos. Já está em processo de organização para publicação, pelas mãos de um profissional competente da área (o jornalista Marcello Campos) depois de alguns probleminhas que acabaram sendo sanados ao longo de encontros e contatos por modernos meios de comunicação.
Sou grato a todos os que tiveram paciência de continuar visitando meu blogue neste período "vazio".
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