quinta-feira, 11 de agosto de 2011

P A I N E L

GANGUES - Nessa polêmica sobre a letra do rap criticando o aumento dos deputados estaduais, que foi aprovado pela Assembléia no ano passado, tenho uma posição aparentemente confusa. Sabe, fico pensando que o pior nisso é que as pessoas, de um modo geral, acabam admitindo que nossos representantes não merecem defesa. Mesmo que isso signifique que sejamos uns estúpidos votando em cidadãos que, eventualmente, podem ser inquinados de quadrilheiros (no pior sentido) sem que seus eleitores manifestem qualquer reação em defendê-los. Aliás, parece que nem os próprios citados se preocuparam com a questão. O meu candidato não foi eleito mas eu tenho absoluta confiança de que não tentei eleger nenhum quadrilheiro, embora ele não seja perfeito. O autor alega que não ofendeu ninguém. Bom...então aquilo é um elogio aos parlamentares? Estou aberto a discussões, mas não vale dizer que quem quer discutir o assunto é a favor da censura.   

E O SONEGÔMETRO? - Os empresários criaram o Impostômetro. Uma boa, não é? Assim podemos acompanhar o quanto este País arrecada de impostos, frutos de todas as atividades que os seus habitantes desenvolvem. O que se deve fazer é a discussão sobre como se está aplicando esse volume de recursos. Ela está sendo bem feita ou não? A opinião pública precisa participar coletivamente dos instrumentos que propiciem o controle dessas aplicações, sem que haja privilégios para categorias. Os famosos "incentivos fiscais" são uma forma de privilegiar empresas que, normalmente, possuem condições financeiras para prover seus próprios investimentos. Outra grande questão é a sonegação que, de acordo com a cultura geral, corresponde a um índice igual ao que é arrecadado (Para cada real arrecadado, um é sonegado). Não se deve esquecer que a elite brasileira conseguiu acabar com a CPMF, que era uma forma inteligente de estabelecer um controle sobre rendas nem sempre declaradas adequadamente. Por isso, estou sugerindo ao empresariado que, ao lado do Impostômetro, se instale, também, um SONEGÔMETRO.

EDUCAÇÃO - Sobre o recente debate a respeito das condições salariais do magistério e do avalia-não-avalia, que se vem travando no Estado, tenho uma posição - reconheço - bem simplista. Enquanto uma SOCIEDADE, como a nossa, permitir que um educador receba por seu trabalho um valor menor do que recebe um lixeiro para desempenhar sua função, não haverá nada que possa estabelecer qualquer "concertação". Ainda se estivéssemos em uma sociedade socialista, mas vivemos no mais autêntico capitalismo periférico...Só após enfrentado e resolvido esse problema, então as partes interessadas podem sentar para chegar a uma decisão benéfica para todos.

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