terça-feira, 20 de setembro de 2011

CPMF - SIM OU NÃO?

 Volta-se, novamente, aos debates sobre o retorno, ou não, da CPMF como forma de solucionar (ou amenizar) o grave problema de saúde no Brasil. Muitos são contra porque estão sendo programados para isso, diariamente, pela mídia que, obviamente. defende os mais aquinhoados.

 A bem da verdade, deve-se ressaltar duas questões que julgo importantes para uma análise da matéria. Primeira: este foi o imposto mais justo até agora criado no Brasil. Muito mais do que o próprio imposto de renda que taxa salários desproporcionalmente e atinge uma pequena parcela da população. Segunda: essa contribuição atingiu a muitos que nunca pagaram qualquer imposto ou PAGAM MUITO MENOS DO QUE DEVERIAM. Essa, realmente, foi a principal causa porquê foi extinta. Você já pensou em qual era a sua contribuição mensal quando a taxa existia? Agora, pense, também, quanto deveria pagar alguém, como um profissional liberal, por exemplo, quando lhe prestou um serviço e não lhe passou um recibo. Ou outros tantos aos quais o Estado não tem condições de controlar e que eles próprios podem decidir o quanto querem pagar de imposto. Você acha correto esse procedimento? Todos nós teríamos dezenas de exemplos, lembrando as vezes em que nos deparamos com essa situação.

 Defendo que venha uma nova CPMF pela sua capacidade de exercer um controle sobre grande parte da economia que escapa do fisco. Com alguns reparos, evidentemente. Entre eles, que isente, como a primeira isentava, as pessoas que ganhem realmente pouco (o teto do INSS, é um bom parâmetro) e que seja utilizada, integralmente, somente em benefício da saúde. De acréscimo, poderia ser combinada com uma diminuição nas aliquotas do IR, atingindo, também, os menores salários.Com a sua implantação se poderia sanar uma parte da sonegação (ilegal e ilegítima) praticada por aqueles que desfrutam de enormes capitais e, praticamente, passam pela economia sem contribuirem para a coletividade.

 Um dos grandes méritos da CPMF é o de contribuir para diminuir o aumento da parcela do "sonegômetro", não concordam?
   

2 comentários:

  1. Perai! Criar um tributo para combater a sonegacao? Primeiro, nao acredito que eh assim que se combate a sonegacao - sonegacao eh crime e deve ser combatida como tal. Segundo, e aquele trabalhador de carteira assinada (nao necessariamente de baixa renda), que ja tem todos os seus impostos abatidos direto na fonte, ou aqueles que nao sonegam tributos (acreditem ou nao, existe gente honesta no pais)? Estes estarao pagando dobrado entao, pagando pelo crime (sonegacao) que os outros cometem??

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  2. O teto do desconto para o INSS está em mais de R$ 400.Ou seja,só quem ganha acima de R$ 4.400,00 que seria taxado e contribuiria para a nova CPMF.
    Ora, no Brasil, quem ganha acima disso é considerado classe B ou A.Logo, classes C, D e os miseráveis da classe E, não seriam atingidos nem de perto.

    Enfim, é um tributo a se pensar.
    NÃO ACREDITAMOS EM TUDO QUE A SUJA IMPRENSA FALA E INDUZ.

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